

Maria Leite é atriz, com formação e trajetória moldadas por uma ampla experiência no setor audiovisual. Desde seus primeiros passos no Grupo Giramundo Teatro de Bonecos, em 2003, onde construía cenários, bonecos e manipulava personagens em cena, desenvolveu percepção de ritmo, gesto e caracterização — habilidades centrais para sua atuação. Essa vivência inicial, unindo movimento, expressão e narrativa visual, estabeleceu a base de sua linguagem cênica e abriu caminho para sua atuação na animação, onde exploraria formas de contar histórias e dar vida a personagens de maneira ainda mais detalhada.
Ao longo de sua carreira, Maria consolidou sua presença como atriz em curtas e longas premiados, estreando em 2018 no curta Mesmo com Tanta Agonia (Alice Drummond), pelo qual recebeu o prêmio de Melhor Atriz no 51º Festival de Brasília. Também foi premiada pelos curtas Eu te Amo é no Sol (Yasmin Guimarães) e O Dia em que Helena Matou o Presidente (Fernanda Estevam), e se destacou em longas como Madalena e O Último Episódio e curtas como Máquina Infernal e Rinha. Seus trabalhos mais recentes, O Último Episódio (Maurílio Martins) e Bom Retorno (Breno Alvarenga), estão em finalização.
Paralelamente, sua experiência em animação e direção de animação, com destaque para os curtas internacionalmente reconhecidos Casa de Máquinas e O Quebra Cabeça de Tarik — marcos da animação brasileira incluídos no livro Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais (Canal Brasil, Abraccine e ABCA) — foi decisiva para consolidar sua compreensão de personagens, ritmo e expressão, habilidades que se refletiriam diretamente em sua atuação. Atuou também como animadora em projetos da Coala, produtora responsável pelo longa premiado Bob Cuspe: Nós Não Gostamos de Gente e pela série Angeli: The Killer.
Além disso, sua atuação técnica em funções de contrarregra, elétrica, maquinária e assistência de direção em grandes projetos brasileiros premiados — como Baby (Cannes), O Último Azul (Urso de Prata em Berlim), No Coração do Mundo, Êxtase, Madalena, Os Sonâmbulos, Corpo Presente, Amores 1500 e Chão de Fábrica — contribuiu para ampliar sua sensibilidade, compreensão do trabalho coletivo e presença em cena, fortalecendo a atriz que é hoje.